Trigêmeos nascidos de barriga solidária se recuperam bem na UTI Neonatal da Unimed Manaus

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Preparação especial durante o pré-natal e aplicação do Método Canguru estão estreitando os laços entre a mãe Maiane e os pequeninos Álax, Ayana e Aquiles, nascidos com 32 semanas e seis dias de gravidez

Aos 36 anos, em perfeito estado de saúde, Maiana Martins de Oliveira, tentou, por três vezes, sem sucesso, engravidar e dar um irmão para o filho primogênito Apolo de sete anos. Diante da impossibilidade de gestar um bebê no próprio ventre, ela já havia desistido de ter o segundo filho, até que uma prima, muito próxima dela, se ofereceu para gestar bebê que ela tanto queria. Três embriões foram inseminados na barriga solidária e, para felicidades de todos, os três “vingaram”, como se diz no amazonês.

Assim como a mãe, Álax, Aquiles e Ayana nasceram na Maternidade Unimed Manaus – unidade que pertence a cooperativa de saúde que é pioneira em medicina privada no estado do Amazonas. Eles nasceram no dia 6 de maio e permanecem na UTI Neonatal da maternidade, onde Maiane vai, diariamente e, com auxílio do Método Canguru, pega no colo, amamenta, dá carinho e aconchego.Desde a confirmação da gravidez, Maiana e a prima (barriga solidária) estão sendo acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada pela obstetra Sigrid Cardoso, a fonoaudióloga Georgeth Míglio e pediatra neonatologista Regina Sodré Fernandes, que, além de se dedicarem aos cuidados médicos do pré-natal, cada um na sua especialidade, prepararam Maiana para cuidar dos seus bebês após o nascimento.

Com o acompanhamento que recebeu desde o pré-natal dos trigêmeos, junto com a prima (barriga solidária), Maiana já está amamentando os bebês normalmente. Aquiles – o caçula da turma, o último a nascer – foi o primeiro a mamar.

De acordo com a médica pediatra e neonatologista, Regina Sodré Fernandes, que acompanhou Maiane em consultas pediátricas pré-natal, destaca a importância do preparo dela para a amamentação dos trigêmeos. As mamas foram preparadas para que, quando os bebês nascessem, também começassem a lactação.  “Como ela não teve a gestação, utilizamos técnicas para induzir a lactação. Uma equipe multidisciplinar formada por obstetra, pediatra, fonoaudiólogo e psicólogo atuaram durante o pré-natal. O preparo deu certo e a resposta foi muito favorável”, explica Regina Fernandes.

A médica conta, ainda, que uma estrutura técnica e jurídica foi organizada, antecipadamente, na Maternidade e na UTI Neonatal para o nascimento dos trigêmeos.“Foi tudo excelente. Só o fato de eu não ter que precisar ficar explicando o procedimento, que eu sou a mãe e a minha prima que teve a gestação, já foi muito bom”, afirma Maiana.Sobre a prematuridade dos bebês, Regina Fernandes explica que, desde o início, havia a possibilidade da gestação alcançar o termo – completar o ciclo dos nove meses – então, tudo foi organizado antecipadamente.“Não houve supressa com o nascimento prematuro, porque já estávamos com tudo organizado”, afirma.

Método Canguru

Embora não tenha sido surpreendida com a prematuridade do nascimento dos trigêmeos, porque o primeiro filho nasceu com 36 semanas de gestação, Maiana confessa que tudo é novidade com eles.

“Agora é tudo novo. Estou aprendendo a cada dia que se passa. A equipe está sempre atenta, atenciosa, me ensinado como agir a cada situação nova que se apresenta. Trocar fralda, não é de frente como a gente costuma fazer, é de lado; amamentar, posicionar no berço, tudo é diferente. Todo dia eu aprendo uma coisa nova em relação a como lidar com eles. Mas é prazeroso”, garante.

A mamãe de Àlax, Aquiles e Ayana se emociona ao falar sobre como está sendo o relacionamento com eles nesse período, de quase um mês, em que estão na UTI Neonatal, e afirma que o Método Canguru, aplicado na Unimed Manaus, tem tornado o relacionando com os trigêmeos muito prazeroso e gratificante.

“A prematuridade tem a impossibilidade de ter contato direto com os bebês. A gente vai lá, olha, pega na mãozinha, mas, o Método Canguru faz toda a diferença. Nos permite ter a emoção de pegar ele no colo, pôr no peito para mamar. É muito lindo, a gente estar lá vendo eles e verificar que tudo deu certo, ou melhor, está dando certo. Dá uma paz, na verdade, alívio de saber que agora vai. É muito gratificante”, diz Maiana, entre lágrimas.

“O Aquiles é o caçula, foi o último a nascer, mas foi o primeiro que mamou no peito e fez bonito”, acrescenta a Maiana, sobre a experiência de colocar o filho no colo, na posição Canguru, para amamentar.A médica Regina Fernandes explica que, a Maternidade Unimed Manaus, foi a primeira da rede privada de saúde a aplicar o Método Canguru, ainda em 2013, nas três etapas.“Mesmo depois que o bebê recebe alta da UTI, ele continua sendo acompanhado no consultório Canguru até atingir 2,5 quilos. Então, a mãe fica bem segura, porque ele é reavaliado, duas, três vezes por semana, só depois é que ele vai para casa em definitivo. Esse cordão a gente demora um pouquinho a cortar, porque fazemos questão de aplicar o método completo”, afirma.Banco de leite

Além do Método Canguru, Maiana também conta com o suporte do banco de leite materno da Maternidade Unimed Manaus para amamentar os trigêmeos. “Minha produção é boa, mas não suficiente para atender aos três bebês. Eles também estão recebendo leite do banco de leite”, conta. Assim como aconteceu em relação ao Método Canguru, a Unimed Manaus foi o primeiro hospital da rede particular a implantar um posto de coleta de leite e uma sala de processamento de leite humano, em 2015.

“Recebemos o leite, processamos e enviamos para o banco de leite público Fesinha Anzoategui, e recebemos de volta já pasteurizado para manter o estoque regular e alimentar os prematuros que estão na UTI Neonatal da Maternidade. Ou então, coletamos o leite da própria mãe e, fracionamos, e para dar ao bebê. E, caso a produção dessa mãe não seja suficiente para necessidade do bebê, disponibilizamos o leite pasteurizado, como é caso da Maiana, que não produz o suficiente para atender aos três bebês, eles estão recebendo o leite do banco”, explica Regina Fernandes.

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