Declaração foi bem recebida por familiares de vítimas da Covid-19 homenageadas no Senado
As quase 700 mil mortes em decorrência da Covid-19 foram lembradas em uma homenagem no Senado Federal, nesta quarta (15). Realizada pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico), a solenidade contou com a presença do presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM), que declarou que o trabalho da comissão só estará concluído a partir do momento que os responsáveis pelas mortes sejam devidamente punidos pela Justiça Brasileira.
Na presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, Omar prestou solidariedade a todos os familiares de vítimas da Covid-19 e parabenizou o cineasta Lucas Mesquita, que na ocasião exibiu o filme que dirigiu para honrar a memória dos brasileiros que não resistiram na pandemia.
“Fizemos a nossa obrigação, mas assim mesmo, mostrando tudo o que mostramos para o Brasil, vejo que boa parte da população ainda acreditou em um ser humano que não tinha nenhum tipo de empatia com os brasileiros, que não considerava a ciência. Se ele tivesse comprado a vacina no momento certo, nós teríamos salvado muitas pessoas, mas a vaidade dele (Jair Bolsonaro) não permitiu que a ciência balizasse as ações do seu Governo e sim aquilo que ele pensava ser o melhor”, declarou o parlamentar.
O senador lembrou ainda da coragem dos depoentes da CPI da Covid que relataram os inúmeros esforços para manter seus entes queridos com vida, e que a comissão nunca buscou vingança, mas sim justiça para as milhares de pessoas que morreram por falta de uma política pública por parte do Governo.
Omar Aziz também se solidarizou com a advogada Bruna Morato, uma das depoentes na comissão que foi processada e condenada a pagar R$ 300 mil a Prevent Senior, em uma decisão que ainda cabe recurso. Durante a CPI, a Prevent Senior foi acusada de usar um conjunto de medicamentos sem eficácia contra o coronavírus no seu protocolo de atendimento a pacientes com Covid-19.
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