Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Educação (MEC), de cada mil vestibulandos para algum curso de Engenharia no Brasil, 175 ingressam na academia e desses, apenas 95 concluem a graduação. Para melhorar estatísticas como essas, na Amazônia, foi criado o complexo de laboratórios da Academia STEM (do inglês: Science, Technology, Engineering e Mathematics). O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, participou da inauguração do projeto, realizada nesta quinta-feira (14), na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA), zona centro-sul de Manaus.
A estrutura se divide em dois conglomerados: dois laboratórios móveis – ambientes de estudos instalados em carretas adaptadas onde serão ministrados cursos e treinamentos na área STEM para estudantes do Ensino Médio da rede pública de Manaus e Região Metropolitana do Amazonas; e a sede fixa do STEM Lab, estrutura de 1.500 metros quadrados que abriga laboratórios, salas de aula, espaços de convivência voltados para a realização das atividades do projeto, além de auxiliar na formação de acadêmicos de cinco áreas das Engenharias da UEA: Engenharia Elétrica, de Produção, da Computação, de Automação e Controle, Engenharia Eletrônica e Sistemas de Informação.
O superintendente da Suframa destacou que o projeto atua numa área essencial que é a educação e tem o potencial de despertar vocações profissionais em áreas sensíveis como a Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. “É importante essa interação entre Suframa, UEA, MPT e setor privado para a promoção desse tipo de projeto”, frisou Polsin.
O projeto STEM foi originado a partir de discussões por questões trabalhistas entre a Samsung e o Ministério Público do Trabalho e é financiado pela multinacional sul-coreana, em conformidade com as exigências da Lei de Informática.
O gerente Sênior de Inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung, Eduardo Conejo, explicou que os dois laboratórios itinerantes irão até as escolas de ensino médio para difundir conhecimentos básicos em robótica, linguagem de programação, movimento maker (que estimula qualquer pessoa a construir, consertar e fabricar diversos tipos de projetos, também chamado de “Faça Você Mesmo” no Brasil). As carretas têm capacidade máxima de 40 alunos conta com o que há de mais moderno nas tecnologias (automação, impressão 3D, corte a laser, notebooks, tablets, celulares, componentes de robótica e microeletrônica, dentre outros). Os cursos – em tecnologias digitais, Indústria 4.0, programação por blocos e robótica – serão ministrados no contraturno dos alunos. O primeiro terá carga horária de 30h e terá duração de duas semanas.
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