As últimas semanas de 2024 reforçam as contradições de um sistema que coloca o lucro acima da vida. Vimos as 9 toneladas de agrotóxicos quase contaminarem o Rio Tocantins, uma jovem baleada pela polícia às vésperas do Natal e a tragédia no Oriente Médio segue aumentando suas vítimas: cerca de 14.500 crianças palestinas foram mortas em Gaza. O cenário é desolador, e sabemos que o sistema vigente não tem respostas para resolver as necessidades básicas da classe trabalhadora, em problemas que ele mesmo causa. É preciso e urgente mudar. Mas como?
Caminhando e construindo. Acreditamos no “esperançar” de Paulo Freire — aquele verbo que nos move para um futuro possível, dia após dia. Em um mundo marcado pela injustiça, a classe trabalhadora segue resistindo, existindo e criando alternativas. E no Brasil de Fato você também encontra muitas histórias dessa resistência. Que elas nos sirvam de inspiração para seguir em 2025.
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Reconhecemos também que as opressões e desigualdades locais estão profundamente conectadas às dinâmicas globais, e assim também deve ser a luta.
O exemplo da ALBA, que há 20 anos fortalece a articulação regional em defesa da soberania dos povos na América Latina, evidencia como a união entre nações pode construir alternativas concretas contra o imperialismo. Da mesma forma, o legado de Thomas Sankara, destacado pelo multiartista burquinense Océan, nos inspira a entender que não há caminho para a libertação que não passe pela solidariedade entre povos.
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*Nina Fideles é Diretora Executiva do Brasil de Fato
Edição: Monyse Ravena