Há um claro interesse em desestabilizar a Zona Franca de Manaus, afirma Sidney Leite

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Declaração foi voltada para os representantes do governo federal na audiência pública sobre o Plano Dubai, na Câmara dos Deputados

Durante a audiência conjunta para o governo federal esclarecer no que consiste o Plano Dubai, nesta quarta-feira (3) na Câmara dos Deputados, o deputado federal Sidney Leite (PSD) fez diversos questionamentos contundentes aos representantes do Ministério da Economia e da Suframa, que estavam presentes e, críticas às ações que o governo federal vêm empreitando contra a Zona Franca de Manaus.

Ao questionar o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Costa, Leite afirmou que o ministro Paulo Guedes tem, para com o modelo econômico da região, um discurso e uma prática diferentes.

O que na sua visão chega a ser uma ironia, haja vista que a renúncia fiscal de todas as indústrias da região Norte representam apenas 11%, contra os 52,5% da região Sudeste do país. “Eu nunca vi o governo dizer que vai mexer com os incentivos do setor automobilístico, por exemplo, como se o único local a ter renúncia fiscal fosse a ZFM”, criticou o deputado.

Sidney Leite reforçou ainda aos presentes que o modelo Zona Franca possui em seu raio de atuação cerca de 17 mil empresas em toda a Amazônia Ocidental e, mais uma vez questionou a quem interessa ou a quem se atende desestabilizar um modelo econômico que gera mais de 90 mil empregos diretos e cerca de 400 mil indiretos.

O deputado criticou ainda a leniência do governo federal em relação à burocratização das obras da BR-319 (Manaus-Porto Velho) e à insegurança jurídica do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), que não consegue resolver esses pontos-chave para a região amazônica, mas fala em um novo plano econômico para a Amazônia.

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