Primeira reunião votou o envio de convites e convocações para sócios proprietários de empresas prestadoras de serviço para a Prefeitura; além de secretários da administração municipal
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Contratos, também chamada de CPI da Corrupção, definiu, em primeira reunião realizada na manhã desta sexta-feira (20/09), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), a lista de empresas que terão seus sócios proprietários convidados para depor nas oitivas que devem ser realizadas nas próximas semanas.
Além deles, as secretárias de Educação e de Comunicação do município devem ser convocadas, também, para esclarecer pagamentos feitos a empresas que estariam terceirizando serviços com familiares do prefeito de Manaus.
Participaram da reunião inicial o presidente da CPI, vereador Lissandro Breval (Progressistas); o relator, Rodrigo Guedes (Progressistas); e os vereadores Daniel Vasconcelos (Republicanos), Eduardo Alfaia (Avante) e Luís Mitoso (MDB). Após a reunião, parlamentares que integram a comissão concederam entrevista coletiva à imprensa.
“Hoje nós tivemos uma reunião para planejamento dos primeiros passos que tomaremos na CPI. Já temos uma lista de pessoas que precisarão ser ouvidas. São proprietários de empresas que realizaram pagamentos à sogra, à noiva e ao genro do prefeito de Manaus. Vamos ter que ouvir secretários também, assim como solicitar documentos que embasem e orientem a nossa investigação”, explicou o presidente da Comissão, vereador Lissandro Breval.
Na lista de empresas aprovadas em votação para serem convidadas estão: DNA Digital; Banzeiro Comunicações, Soluções Contabilidade, Rio Negro Motors, Ouro Preto Conservação, The Set Filmes, IMarketing, Construtora Rio Piorini, SKy Line Produção – Mene Portella, Avancard, Thera Publicidade, D7 Filmes, Leo Rent a Car e Murb.
De acordo com o parlamentar, a noiva do atual prefeito, Izabelle Fontenelle; a sogra, Lidiane Fontenelle; e o genro, Gabriel Alexandre da Silva; também devem integrar a lista de pessoas que prestarão esclarecimentos sobre pagamentos recebidos de empresas que mantém contratos com a gestão municipal.
“Vamos trabalhar em cima de fatos amplamente divulgados, inclusive na imprensa nacional. O quadro tem, até mesmo, empresas sem qualquer histórico comercial com notas. Então, é preciso investigar, em que termos esses contratos foram firmados, o porquê, que serviços foram prestados, se houve, de fato, o uso de influência para esse favorecimento”, enfatizou Breval.
“A Câmara Municipal de Manaus já está preparando os Ofícios que serão enviados aos particulares e às secretarias envolvidas nesse escândalo, para que em 48 horas sejam respondidos e que confirmem a presença na próxima reunião. Caso haja o não comparecimento dos convocados, iremos recorrer a todos os meios legais para que a população manauara saiba da verdade sobre esses contratos”, destacou o relator, vereador Rodrigo Guedes.
O presidente da comissão foi enfático ao afirmar que o caráter técnico da CPI é prioridade e o convite feito ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) e Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) para participarem dos trabalhos, reforça isso.
“Estamos aqui como vereadores que têm como prerrogativa fiscalizar o uso do dinheiro público. E asseguramos que vamos manter a lisura do processo, estamos chamando órgãos fiscalizadores para acompanharem a comissão. Nosso objetivo é investigar, esclarecendo os fatos e dando respostas à população. E é isso que faremos”, concluiu Lissandro.
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