Amil será vendida: o que acontecerá com a operadora e planos de saúde?

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O grupo norte-americano UnitedHealth Group, dono da AMIL, decidiu fechar suas operações no Brasil, impactando mais de 5 milhões de consumidores no Brasil 

O grupo norte-americano UnitedHealth Group decidiu se desfazer de suas operações no Brasil, incluindo a operadora Amil e a Americas Serviços Médicos. Conforme divulgado pelo jornal Valor Econômico, o processo de venda encontra-se em estágio inicial e pode ocorrer de diversas formas, como por meio de um consórcio com variados interessados. Essa decisão sinaliza mudanças significativas no cenário da saúde brasileira.

De acordo com estimativas do Bank of America Merrill Lynch (BofA), a Amil está avaliada em um valor entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, excluindo a carteira de planos de saúde individual. Essa não é a primeira vez que o grupo tenta vender suas operações no país. Em negociações anteriores, eles chegaram a tentar dividir o negócio. No entanto, em 2020, a transação foi barrada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

A negativa da ANS na tentativa anterior, juntamente com a piora do mercado brasileiro de saúde, levou o UnitedHealth Group a tomar a decisão de vender tudo de uma vez, segundo fontes consultadas pelo Valor. A empresa enfrenta desafios no setor de saúde do país e busca alternativas para reorganizar suas operações.

Atualmente, a Amil conta com cerca de 5,4 milhões de usuários em seus planos de saúde e dental. Além disso, possui uma ampla rede de unidades hospitalares, ambulatoriais e hospitais credenciados, totalizando 19 unidades hospitalares e mais de 1.600 hospitais credenciados. Já a Americas Serviços Médicos possui 12 hospitais e 30 clínicas médicas distribuídas em 6 Estados brasileiros.

O Poder360 tentou entrar em contato com o UnitedHealth Group nos Estados Unidos e no Brasil para obter mais informações sobre a venda, mas não obteve retorno até o momento. O espaço continua aberto para manifestações da empresa.

Qual o impacto dessa saída no Brasil

A possível venda da Amil, uma das maiores operadoras de planos de saúde no Brasil, pode gerar um turbilhão de impactos no mercado da saúde. Com milhões de usuários em seus planos de saúde e uma extensa rede de hospitais e clínicas credenciadas, a saída da Amil poderá modificar não apenas a estrutura e qualidade dos serviços oferecidos, mas também trazer transformações significativas na concorrência do setor.

Além disso, essa mudança no mercado de planos de saúde brasileiro pode acarretar em consequências diretas no bolso dos consumidores. Com uma possível redução na concorrência entre as operadoras, a precificação dos planos pode sofrer um aumento.

Vale destacar que a saúde é um setor que já enfrenta diversos desafios no Brasil, como altos custos e questões regulatórias. A saída da Amil pode intensificar esses problemas e exigir que as demais operadoras se adaptem para suprir a demanda deixada pela gigante do mercado.

Portanto, em meio a toda essa turbulência, é fundamental que os consumidores estejam atentos às mudanças e procurem garantir a continuidade de sua cobertura médica. Não se pode esquecer de pensar na qualidade dos serviços prestados. Para isso, é crucial buscar informações atualizadas sobre os planos disponíveis, comparar custos e benefícios para tomar decisões embasadas e conscientes.

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