Com o intuito de apenas estimular a competição, esta coluna publica as informações a seguir, relativas à performance do porto pernambucano de Suape, que disputa com o de Pecém, no Ceaá, a liderança regional de um setor que cresce em alta velocidade, exigindo dos seus executivos muita competência e dedicação ao serviço em tempo integral.
O Porto de Suape contabilizou em 2024 o segundo melhor resultado em seus 46 anos de história, totalizando a movimentação de 24,8 milhões de toneladas, entre granéis líquidos e sólidos, carga conteinerizada e automóveis.
De acordo com o Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o atracadouro pernambucano teve crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior.
Entre as variadas operações que movimentaram Suape ao longo de 2024, a que mais cresceu foi a de contêineres, com expressivo aumento de 23,4% em relação a 2023. Isso se traduz em 646.804 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o maior volume já registrado em um único ano no Tecon Suape, que ocupa os cais 2 e 3 do porto interno.
O incremento das operações elevou o número de atracações em 7,9%, com a entrada de 1.628 navios. Nesse segmento, o porto se destacou com a chegada de navios de classe mundial New Panamax, gigantes do mar com 366 metros de comprimento, o maior a cruzar o Canal do Panamá.
A estreia ocorreu em 27 de julho, com a atracação do MSC Orion. A frequência semanal consolidou-se em 7 de novembro, com a rota de longo curso entre a costa nordestina e Singapura, na Ásia, denominada serviço Santana.
No setor de carga geral solta, o aumento foi de 19,3% em relação ao ano passado, com a movimentação de 656.915 toneladas de mercadorias diversas, entre equipamentos industriais, peças de grande porte, produtos siderúrgicos e embalados em sacos, como fertilizantes e grãos. Já a operação de granéis sólidos também se expandiu, com alta de 7,9% (1,224 milhão de toneladas). Trigo, clínquer e coque de petróleo fazem parte dessa categoria.
Neste momento, Suape está tocando projetos de infraestrutura para garantir a expansão do porto. Entre as grandes intervenções que impactarão positivamente a movimentação de carga, estão a dragagem dos canais externo (já concluída) e interno e a reestruturação do molhe de proteção (quarta e última etapa de obras já em andamento).
As expectativas para 2025 boas: a conclusão do Trem 1 da Refinaria Abreu e Lima, previsto para o primeiro semestre de 2025, por exemplo, vai gerar crescimento exponencial na movimentação de petróleo e derivados, carro-chefe de Suape.
Base oficial de dados do setor portuário, o Anuário da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) ainda não consolidou os diversos rankings entre os atracadouros públicos e Terminais de Uso Privado (TUPs) do país.
Até novembro de 2024, Suape mantinha a sexta posição na movimentação de cargas entre os portos públicos brasileiros, além da liderança nacional na operação de granéis líquidos (14,8 milhões de toneladas até novembro) e no transporte por cabotagem (entre os portos do país).
Na região Nordeste, o Porto de Suape é líder na operação de contêineres e de veículos. Entre exportação e importação, o porto contabilizou, em 2024, a movimentação de 80.051 automóveis de modelos e fabricantes diversos.
A chegada de milhares de carros elétricos e híbridos da chinesa BYD foi um dos pontos altos do segmento. Numa grandiosa operação que durou quase três dias, em maio de 2024, a empresa chinesa desembarcou em Suape 5.459 unidades.
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